Greves

Após a revolução dos cravos, as greves foram-se tornando cada vez mais regulares e assíduas. Na STCP foram diversas as paralisações por parte dos trabalhadores, de forma a reivindicar melhor condições de trabalho, como aumentos de ordenados, mais segurança ou redução de horários.
Demissões

No seguimento das dificuldades que o país continuava a atravessar, no ano de 1976, surge a notícia no jornal O Comércio do Porto, que o Conselho de Gerência se demite, por não ter capacidade para agir na sua atividade, devido às dificuldades impostas por parte do Ministério dos Transportes e Comunicação.
Alterações ao Acordo Colectivo de Trabalho

Depois de várias negociações referentes à definição de uma nova tabela de vencimentos e da revisão de algumas regalias sociais referentes aos trabalhadores do Serviço de Transportes Colectivos do Porto, é editada a Ata de Negociações, do dia 7 de agosto de 1974, onde se pode ler que todas as alterações efetuadas tiveram em atenção a situação complicada de instabilidade que o país atravessava à época. Neste documento encontra-se a nova tabela salarial para cada uma das áreas de trabalho existentes.
Resultados de 1974

O Relatório Geral Interno das Diversas Actividades em 1974 e Respectivas Contas, destaca o agravamento da situação económica e financeira da empresa, sendo a principal causa o aumento dos encargos salariais. No decorrer desse ano, observou-se uma contínua preocupação da empresa em promover uma maior responsabilidade social, através da participação em iniciativas como os refeitórios, a Colónia Balnear e diversas atividades culturais, o investimento em uniformes e serviços de barbearia.
Relatórios de Atividades e Contas

O exemplar do Relatório Geral Interno das Diversas Actividades em 1974 e Respectivas Contas, trata-se de um documento importante capaz de demonstrar a preocupação do Serviço de Transportes Colectivos do Porto em fundamentar todas as atividades realizadas ao longo dos anos, assim como as mudanças que se foram fazendo sentir nos seus resultados.
Direito ao Voto

No ano seguinte à Revolução, a empresa deu aos trabalhadores o tempo necessário para exercer o seu direito ao voto, demonstrando uma preocupação pelo bem-estar da Democracia e pelo papel de cada um na sociedade.
Representantes dos Trabalhadores

As mudanças nos representantes de departamentos e no papel dos trabalhadores foram particularmente marcantes após a revolução dos cravos. No aviso nº57/74 emitido pela empresa, verifica-se que no mês após a Revolução dos Cravos, existiu a preocupação de eleger representantes de cada departamento de trabalhadores, de forma a que, em reuniões, existisse a representatividade de todos em decisões futuras.
Alterações ao Fardamento

Em maio de 1974, foi explicado a todos os trabalhadores que seriam feitas alterações ao código de fardamento, deixando de se utilizar as chapas de número. Além disso, a farda deixaria de possuir debruns e botões metálicos, perdendo, por isso, o ar militar que possuía até esse momento.
Fardamento

A alteração do fardamento constituiu uma das transformações que se desenrolaram no Serviço de Transportes Colectivos do Porto depois do 25 de abril. Antes da Revolução, havia uma clara distinção entre o fardamento que os motoristas da empresa deveriam utilizar e o que os oficinais vestiam.
Ação Social

O Relatório Geral Interno das Diversas Actividades em 1974 e Respectivas Contas mostra que, neste ano o Serviço de Transportes Colectivos do Porto investiu na área social de forma a melhorar as condições dos seus trabalhadores, oferecendo um maior número de serviços dentro da empresa.