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Antes do 25 de Abril

Todos os trabalhadores da empresa, possuíam títulos de transporte diferentes, que apresentavam algumas limitações nas viagens que lhes era possível realizar.
Os passes e os talões de transporte da década de 70 refletem as mudanças das tecnologias de transporte e do design gráfico utilizado, espelhando a evolução que se fazia sentir.
A Banda de Música do S.T.C.P. que surgiu em 1963, registou no ano da revolução 24 atuações, sendo o total do valor dos contratos de 323000$00. Mesmo num ano controverso e de diversas alterações sociais e políticas, a atividade cultural continuou a ter grande importância para os trabalhadores da empresa.
Tal como nos anos anteriores, em 1974 a Colónia Balnear voltou a realizar-se. Esta era uma iniciativa para ajudar os trabalhadores e respetivos filhos durante os meses de verão.
Além da Banda de Música, existiram outras preocupações por parte da empresa e dos trabalhadores, a níveis sociais e culturais, de forma a que fosse possível dar asas à imaginação em momentos mais lúdicos, quer em atividades mais formais ou momentos de lazer, criando um grupo de teatro amador.
Em 1968, é realizado o primeiro Sarau de Serviço do S.T.C.P., fomentando os momentos culturais e sociais entre trabalhadores.
Antes do 25 de abril, e de forma a compensar os trabalhadores da empresa, o S.T.C.P. criou o Prémio Simpatia. Além deste, existiram outras distinções como, o Prémio de Qualificação com base no valor profissional, efetividade e comportamento disciplinar, a partir do ano de 1967.
A exigência de força física era das principais dificuldades sentidas pelos trabalhadores. O par de macacos, ilustra a complexidade associada ao manuseamento de equipamentos de grande porte de forma completamente manual e sem apoio mecânico, tecnológico ou eletrónico.
Embora a precaridade das condições de higiene se fizesse sentir antes do 25 de abril, o Serviço de Transportes Colectivos do Porto instalou espaços de casa de banho na empresa para os trabalhadores, indicando alguma preocupação neste sentido.
Com o intuito de proporcionar aos trabalhadores condições mais adequadas durante o horário laboral, o Serviço de Transportes Colectivos do Porto empreendeu a criação de espaços destinados ao seu usufruto, como bares e refeitórios.
Antes do 25 de abril, os trabalhadores recebiam o vencimento dentro de uma bolsa de pano, tendo a possibilidade de receber mensalmente, ou em outras modalidades, como, por exemplo, de quinze em quinze dias. Estas bolsas possuíam o número de matrícula de cada trabalhador e ficavam colocadas num local próprio para o efeito, o dinheiro era depositado no seu interior e retirado depois pelo proprietário de cada uma das bolsas.
Em Portugal, durante o regime de ditadura, qualquer indivíduo precisava de uma licença para o uso de isqueiros. Além disso, era proibido fumar sem ser debaixo de uma telha. A placa pertencente às oficinas do Serviço de Transportes Colectivos do Porto, oferece uma visão elucidativa de algumas das proibições típicas desse período.
As chapas de identificação eram utilizadas tanto para identificar os postos que ocupavam, como para viajar nos transportes da empresa.